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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Muito Prazer... Sonhos e folhas...

Nunca, quanto perguntada sobre o que eu queria ser quando crescer, respondi “escritora”. Mas quando perguntada sobre o que eu gostava de fazer, sempre respondi “escrever”, para o estranhamento total de qualquer adulto ao redor.Diários nunca foram pra frente. Folhas de papel rascunhadas a esmo se perdiam. Ficavam os livrinhos feitos na escola porque valiam nota.Nunca imaginei sequer meu nome assinando o texto de um jornal, queria mesmo era ser professora. O fato é que fui escrevendo, me perdendo e me achando. Nunca pensei em ter um blog, em ter um site ou amigas escritoras com quem filosofo despretensiosamente sobre literatura.E a verdade é que ainda hoje não penso, apenas escrevo. Escrevo para desabafar, para expulsar o que não cabe em mim. Para devanear, para esquecer e para lembrar.Escrevo buscando algo que nem sei o quê. Para frente, para o alto.
Às vezes encontro, às vezes me perco mais. Pouco importa. Importa mesmo é o movimento, é se sentir viva, porque cada texto é uma revelação de si mesmo, o nu de algum detalhe da alma.Depois de período moribundo, ressuscito, assim como o projeto “Essa moça tá diferente!”.
Sempre diferente, porém com a mesma pretensão não literária de sempre, o que não quer dizer não pretensão de escrita ou não pretensão de descortinar o mundo pelas palavras. Só quer dizer simplicidade mesmo.
Talvez inexperiência, talvez falta de prática. Fora tudo isso, aqui estou eu, muito prazer. Você está convidadíssimo a ler e me dizer o que achou...

P.S.: Ao terminar este post, tarde da noite, abri meu livro preferido do momento e, juro, ao escolher aleotariamente uma das muitas páginas marcadas durante a leitura, achei:

“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não sei traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta minha alma falando e cantando, às vezes chorando…” (Clarice Lispector in “Clarice,” de Benjamin Moser)

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