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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

HOJE = VOCÊ = Preguiça de sofrer

Eu tenho cada vez mais menos respostas, mas também tenho cada vez mais menos perguntas. Disso eu não duvido mais: tenho cada vez menos certezas. E isso não me tornou insegura, não me fez perder a confiança, não me fez trancar de novo o coração. Muito pelo contrário. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade para alimentar dores e com muito mais preguiça de sofrer. Quanto mais o tempo passa, menos faço por onde adiantar a morte, mais tento fazer por onde aproximar a vida. Os fios grisalhos da cabeleira também menina da minha alma dizem um viço que acende a vontade dos encantamentos de verdade. De verdade, entenda, é quando o encantamento realmente faz a gente sorrir. Coisas que já me importaram à beça já não me importam nem um pouco, enquanto aquilo que essencialmente sempre teve importância me importa, agora, com maior espaço e nitidez. Como deve acontecer com outros tantos aprendizes da coragem, às vezes, cansadíssima das lições e dos recursos do método pedagógico, eu recordo que a covardia, pelo menos na aparência, é bem mais fácil, bem menos trabalhosa, e, claro, bem mais egoísta, eu já estive lá com mais frequência do que ainda, às vezes, me hospedo. Mas aí, justo neste ponto, costuma acontecer algo bem bonito: também recordo de cada flor que veio à tona só porque tive coragem de cuidar da semente. Só porque eu cuidei. Só porque eu não me acovardei, mesmo que tantas vezes com todo medo do mundo.

Ana Jácomo.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Pra onde foi a coragem do meu coração?

Li semana passada algo que dizia assim: "quem não tem aonde ir precisa descobrir a graça de ficar". E, que triste, eu perdi a graça! Perdi a graça de viver assim, somente por viver. É triste uma vida que só é feliz na sexta-feira ou no feriado. É coisa muito triste fazer de conta que se está vivo ou se é feliz. Passo a vida apenas querendo dormir e acordar numa vida maravilhosa. O que era raro ficou comum. Como um dia depois do outro. Tenho nem mais ânimo pra retirar os sonhos antigos da gaveta. Parece que eles mofaram. Tento fazer escolhas melhores, mas acabo caindo no mesmo abismo. Cada escolha é um dilema. Até tento racionalizar as coisas, mas eu sempre fui muito, toda coração, e me acabo toda quando algo em que boto alma não dá certo. Sou teimosa. Tô precisada que só de melhoria, de carinho, e as circunstâncias não ajudam, e aí é o fim do mundo mesmo, não tem jeito. Perdi as contas de quantas vezes meu mundo já acabou! Precisando me dar folga. Corpo cansado, mente cansada. Não tenho tido tempo nem de sentir saudade. Sinto imensa saudade do tempo em que eu tinha tempo... Ando cansada de estar cansada! Sabe aquela sensação de que não vai dar pra fazer tudo no mesmo dia nem que ele dure um ano? A sensação é que daqui onde estou já não dá pra voltar. Estou por um fio. Mas sempre há um pouco mais. A vida nunca nos deixa em paz, ela sempre pede um pouco mais. Por pior ou mais estranho que pareça, dizem que é pro nosso bem. E ela também sempre promete um pouco mais, mas já tô cansada também de esperar por esse novo pedaço de vida que nunca chega. A gente cansa.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eram duas da manhã.



(...) E foi nesse instante que me dei conta de que quando tudo parece errado, é preciso ter a capacidade de rir de alguma coisa, mesmo que seja de si mesma. Sonhos impossíveis trazem esperança, e o tempo sempre será a melhor das respostas. Enquanto existe amor sempre há esperança. Então... deixa estar! Eu fico só olhando as coisas acontecerem; enquanto elas acontecem, eu fico só olhando.