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sábado, 10 de abril de 2010

Decepções e fracassos





Depois de algum tempo sem escrever (aqui, claro), resolvi voltar a fazê-lo. Como se fosse uma ironia, o ‘desabafo’ de hoje é relacionado ao anterior, mesmo que seja uma outra forma de pensar a questão. Nessa hora, a gente para pra pensar: como as coisas mudam... como a gente muda! Esse mês está estranho, delicadamente frio, estranhamente solitário e detalhadamente cheio de novidades (as boas, as ruins e as péssimas).

Final de março, início de abril. A primeira coisa que se fez presente foi a dúvida. Será que teria férias? Se tivesse, será que ela seria boa? Será que haveria descanso, paz, sossego, diversão, festas, (des)encontros etc.? Tudo estava muito confuso e tudo se passava como um clarão. Ela percebia que não estava aproveitando nada, e que aquele sentimento de solidão e desespero estava tomando conta. Ainda assim, ela conseguia sorrir, fazer as piadas de sempre, entreter; se esforçava pra demonstrar que era aquele poço de confiança, segurança e destreza. Ela não sabia como lidar com nada. Ela sequer tinha domínio sobre a sua própria vida. Sim, ela estava de-ses-pe-ra-da(!); e ninguém percebia isso!

A família. Como pensar essa ‘problemática’? Como em todos os filmes de drama/romance, o ambiente familiar tinha que ser o aconchego, o alicerce e o apoio necessários. E, mais uma vez, ela não conseguia achar nada disso. Ela nunca era boa o suficiente, mas, em contrapartida, ela era ausente o suficiente. Se dar bem, crescer, alcançar, conquistar não eram coisas boas, naquele momento. Ela tinha que parar e perceber o quanto todos esperavam dela, o quanto todos cobravam . Cansava (na verdade, mais doía do que cansava) ouvir e saber que nada era suficiente... sem contar em ter que agüentar ser o que era. Não havia opções.

Os amigos. Novos, antigos, verdadeiros... ela nem sabia mais o que era realmente a amizade. ‘Definam esse conceito! Eu não acredito em vocês, e não acredito em nada do que vocês me disserem!’ Existem, no final, colegas? No subconsciente, ela pensava: desculpe aqueles que realmente consideram-a amiga... Mas há muita mágoa (ênfase!) em toda a história. Doar, tentar, analisar; ela fez de tudo, mesmo sabendo que o problema também estava com ela, e, dessa vez, ela não iria culpar o tempo, ou a falta dele. No final, ela descobrira que realmente iria ser solitária, mesmo estando com várias pessoas ao seu lado. Que desespero!

A faculdade. Conseqüência maior de seus atos, ela estava, nesse ponto, realmente preocupada! Ela assumira responsabilidades, e já que ela tinha que crescer, que fosse de uma vez; dessa vez. Isso também refletia, e reflete, em todos os seus atos e naquela sua descrença atual. Falta de léxico, de compromisso e de maturidade! Sim! Ela percebera o quão importante era, e o quanto ela gostava daquilo. Agora, nessa altura do campeonato, ela realmente estava satisfeita com a escolha feita. Talvez essa fosse a única coisa boa, atualmente. Mesmo sabendo que era ‘precoce’, ela estava sentido, estava machucada e realmente preocupada... Ela vira que não tinha sido responsável, séria, realista, ‘pé no chão’ o suficiente. Estão vendo? Essas questões sempre a atormentam, sem precisar que todos façam isso; e ainda assim todos, to-dos!, insistem em fazer.

Está bom! Ela sabe que isso não é só com ela, que as coisas são fases e que tudo muda. E sabe aquele caduco e ressentido ditado de que você tem que pensar que tem muita gente pior. Mas ela pode ser egoísta, pelo menos dessa vez, e pensar que está tudo péssimo, está tudo vazio, está tudo perdido? Ela só quer, na verdade, não se tornar fria, vazia, egoísta, descrente... Ela só quer voltar a ser o que era, quando tudo e todos eram lindos e perfeitos; quando ela sentia vontade de agradar, de esperar, de sentir... como se fosse a primeira vez, sempre! Ela gostaria de saber se expressar, de ser completa e claro... de ser aquilo que sonha ser, um dia.


1 comentários:

Anônimo disse...

Impressionante, como suas palavras traduzem boa parte do que sinto. =/
Passei para admirar os textos, se bem que hoje encontro mais as minhas decepções aqui do que os meus fracassos.

Beijos.

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